Abril Azul Claro – Um alerta sobre o câncer de esôfago

O Brasil registra, a cada ano, 11 mil novos casos de câncer no esôfago, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esse é o tema da campanha Abril Azul Claro. E é um problema que pode passar despercebido, a princípio, já que os sintomas se parecem com outros desequilíbrios. Um dos sinais de que algo está errado é a dificuldade em engolir alimentos (disfagia). Entre as manifestações iniciais da doença, também estão dor na região central do peito, náuseas, vômitos e falta de apetite.

A neoplasia responde pela sexta maior incidência em homens e a décima quinta em mulheres, ou seja, é mais recorrente na população masculina. Entre os fatores que podem ser um gatilho para o aparecimento do distúrbio, estão o tabagismo (responsável por 25% dos cânceres de esôfago) e ingestão de álcool, entre outros hábitos de vida descontrolados. Nessa lista, também estão a obesidade, a doença do refluxo e o papilomavírus.

Diferente de como acontece com outros tipos de câncer, como de mama ou cólon, para os quais existem exames de rastreamento (mamografia e colonoscopia, nessa ordem), não há como saber se o câncer de esôfago já se manifestou, e por isso mesmo, no começo, é um transtorno que aparece de forma silenciosa. Ao longo do desenvolvimento da doença, aí sim, os sintomas começam a se tornar mais claros.

O diagnóstico se dá através da endoscopia, exame considerado de caráter invasivo. O procedimento procura possíveis lesões no tubo digestivo e, se realmente estiverem presentes, uma biópsia é feita no mesmo momento do exame.

O tratamento varia conforme cada paciente. Pode incluir endoscopias e cirurgias, ou quimioterapia e radioterapia. “Em estágios iniciais podemos indicar tratamento endoscópico e cirurgia. Conforme o avanço da doença, podem existir algumas combinações de tratamento”, diz a especialista. Se as terapias forem iniciadas precocemente, a chance de cura pode passar de 80%.